Depreciação cambial no Brasil
December 27, 2024
Em 2018, próximo à eleição brasileira presidencial do capitão neofascista, escrevemos sobre a expressiva desvalorização cambial (NAKATANI & BORGES, 2018).
A crise econômica no Brasil, que começou em 2014, resultava, naquele momento, em uma desvalorização cambial de mais de 20% em seis meses, exacerbada pela instabilidade política durante a corrida eleitoral de 2018. A situação foi contrastada com a eleição de Lula em 2002, e ocorreu após o impeachment de Dilma Rousseff e a prisão de Lula. A eleição foi marcada por um candidato de extrema direita, Jair Bolsonaro, que apresentava propostas autoritárias, enquanto Fernando Haddad ganhava algo de apoio.
A volatilidade cambial observava-se em outros países como Argentina e Turquia, indicando que fatores globais, como políticas monetárias dos EUA, também influenciavam a economia brasileira, especialmente devido à especulação financeira no mercado. A elevação das taxas de juros nos EUA pôde intensificar a saída de capitais das economias dependentes, resultando em mais intensas desvalorizações cambiais.
Haveria algo parecido hoje?
Parece que não, a julgar pelo gráfico a seguir:
Em vídeo recente(GOMES, C. 2024), Ciro Gomes dá sua versão sobre a depreciação cambial atual brasileira. Ao discutir a recente alta do dólar em relação ao real, que ultrapassou R$ 6, analisa as causas dessa valorização. A taxa de câmbio, começa oragumentosegundo a lei da oferta e da procura, deveria refletir a disponibilidade de dólares no mercado. No entanto, o Brasil enfrenta uma escassez de dólares, resultando em um aumento no preço da moeda americana. A situação é agravada por um rombo nas contas externas do país, que atingiu 2,23% do PIB, e uma deterioração na balança comercial, com uma queda significativa no saldo de exportações em comparação ao ano anterior.
A análise critica a manipulação da informação pela grande mídia e aponta que, apesar de um saldo positivo na balança comercial, outras rubricas financeiras estão em déficit, contribuindo para a crise. O aumento do consumo em vez de investimento na produção é visto como uma das razões para a falta de dólares. O economista sugere que a atual situação econômica é um reflexo de políticas irresponsáveis e questiona se o governo de Lula enfrentará as consequências de suas ações ou se conseguirá adiar a crise para o próximo governo.
O ex-presidenciável cria até uma denominação para esse conjunto de políticas:
‘nacional-consumismo populista demagógico’
Crossposting
REFERÊNCIAS
BORGES, R. E. S.; NAKATANI, P. Eleição, crise e desvalorização cambial no Brasil. Nuestra América XXI. Desafíos y alternativas, v. outubro, n. 24, 2018.
- Publicado em:
- December 27, 2024
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Bozo
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